O Cérebro

Nesta reflexão pessoal abordarei o tema do cérebro, expondo alguns conceitos. O cérebro é uma massa nervosa que se encontra protegida por uma estrutura óssea – a caixa craniana. A parte interna do cérebro possui uma substância branca, sendo a exterior – o córtex cerebral – constituída por uma substância cinzenta. O córtex cerebral é a estrutura nervosa que garante a superioridade humana, ou seja, a grande capacidade de processar informações e de conceder significados às situações e aos acontecimentos do mundo, o qual é constituído por um conjunto de neurónios diferenciados, em áreas funcionais variadas. O córtex humano é atravessado por uma fenda longitudinal que divide o cérebro em duas metades quase simétricas, denominadas por hemisférios cerebrais. Cada hemisfério é responsável pelo controlo sensorial e motor do lado oposto do corpo, por exemplo, o hemisfério esquerdo comanda a sensibilidade e os movimentos do lado direito e o hemisfério direito superintende no controlo da sensibilidade e dos movimentos do lado esquerdo. O hemisfério esquerdo é responsável pela simbologia e pela lógica, ocupa-se do pensamento mais analítico, linear e verbal. Constrói frases e resolve equações. Proporciona ao homem a ciência e a tragédia. Os acidentes, tromboses ou tumores neste hemisfério têm como consequência distúrbios na leitura, na escrita, na fala, no raciocínio aritmético e, em geral, na capacidade de compreender. O hemisfério direito é responsável pela organização das percepções especiais, e tem como função o pensamento sintético, holístico e icónico. Ao ouvir música, apercebe-se da tridimensionalidade dos objetos, isto é, a imaginação e a arte. Apesar das diferenças evidenciadas, os estudos revelam que os hemisférios trabalham coordenadamente, desempenhando papéis complementares. Esta complementaridade deve-se ao corpo caloso que unifica o estado de consciência e de atenção, permitindo que ambos os hemisférios partilhem a responsabilidade em funções superiores complexas, como as de aprendizagem e de memória. O aspeto do cérebro assemelha-se ao miolo de uma noz. O hemisfério dominante em 98 porcento dos humanos é o esquerdo. O cérebro é também constituído pelo córtex cerebral, e este é dividido em 4 pequenas áreas que são denominadas de lobos cerebrais, tendo cada um funções diferenciadas e especializadas. Os lobos cerebrais são designados pelos nomes dos ossos cranianos nas suas proximidades e que os recobrem. O lobo frontal é responsável pelos movimentos corporais e pela coordenação destes, assegurando também a sua eficácia, pela linguagem articulada e pela escrita e fica localizado na região da testa. O lobo occipital processa os estímulos visuais, ou seja interpreta o que os  nossos olhos observam e este é localizado na região da nuca. O lobo temporal  têm como principal função o processamento de estímulos auditivos e localiza-se nas regiões laterais da cabeça, por cima das orelhas. E o lobo parietal coordena e sintetiza as mensagens que têm origem na pele e nos músculos e é localizado na parte superior central da cabeça.
 No link seguinte poderemos ver uma imagem ilustrativa que ajuda na compreensão: https://3.bp.blogspot.com/--9QuIujSDBM/T7w1y9JYzsI/AAAAAAAACsI/wCykXlvmVSI/s1600/CERE.jpg
As áreas pré-frontais constituem a secção anterior do lobo frontal, conhecida como área pré-frontal, cérebro pré-frontal ou córtex pré-frontal, as quais estabelecem relações com as mais diversas áreas do cérebro, unificando as suas atividades e controlando os comportamentos que se consideram única ou especificamente humanos: reflexão, atenção, imaginação, planificação, processos mentais superiores, ou seja, aqueles que nos distinguem propriamente como seres humanos. Pode dizer-se que todo o progresso e conforto material e espiritual da humanidade deve-se à intervenção neural nesta área, pois esta permite-nos organizar e fazer funcionar instituições, elaborar leis e estabelecer formas equilibradas de relacionamento entre as pessoas e os grupos. O cérebro é o órgão mais complexo e complicado que nós, humanos, temos. Nas aulas para melhor compreensão do funcionamento do cérebro, visionámos o documentário ”Segredos da Mente” onde pudemos observar algumas situações reais trágicas de pessoas que sofreram os efeitos de lesões cerebrais, e verificar, em simultâneo, como é que estas podem ser uma importante ferramenta para investigar e compreender melhor o funcionamento do cérebro humano dito «normal». Este tema puxou-me muito para a reflexão do mesmo pois por batermos com a cabeça em algum lado, por exemplo, pode danificar/lesionar um dos lobos cerebrais tendo varias doenças possíveis, tais como: Cegueira cortical; Agnosia visual da cor, da forma e do movimento; Cegueira verbal alexia; Surdez cortical; Agnosia Auditiva; Surdez verbal; Anestesia cortical; Agnosia somatossensorial; Paralisia cortical; Apraxia de escrita e/ou de linguagem. Resolvi então falar de uma doença que cada vez mais e nos dias de hoje dá que falar: o Alzheimer. O Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de TRABALHO e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. De início, o paciente começa por perder a sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer que acabou de realizar uma refeição. Com a evolução da doença, o alzheimer causa grande impacto no quotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizagem, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação. É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos. A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada. No entanto, é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos. Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença. A única forma de o fazer é examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou necrópsia.   Assim, o diagnóstico da doença de Alzheimer faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do paciente, por análises ao sangue, tomografia ou ressonância, entre outros exames. Existem também alguns marcadores, identificados a partir de exame ao sangue, cujos resultados podem indicar probabilidades de o paciente vir a ter a doença de Alzheimer. A doença de Alzheimer não tem cura e, no seu tratamento, há que atender a duas variáveis: Ao tratamento dos aspectos comportamentais. Nesta vertente, além da medicação, convém também contar com orientação de diferentes profissionais de saúde; Ao tratamento dos desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro. Há medicação que ajuda a corrigir esses desequilíbrios e que é mais eficaz na fase inicial da doença, mas, infelizmente, tem efeito temporário. Por enquanto, não há ainda medicação que impeça a doença de continuar a progredir. A partir desta pesquisa recordei-me de que há uns tempos atrás havia visto um vídeo de uma rapariga adolescente em que esta contava que a sua mãe sofria da doença de Alzheimer e de que como isso era difícil, é sem dúvida um vídeo emocionante e que nos alerta para a dificuldade desta doença: https://www.youtube.com/watch?v=VYIsuy2-cAg
Recomendo ainda a pesquisa neste site: https://www.alz.org/ onde se pode descobrir um pouco mais sobre esta doença. Foi um dos temas que mais gostei de estudar este período pois mostra-nos a génese principal do ser humano que considero: O cérebro. Este comanda o nosso corpo, as nossas funções, podemos até dizer que comanda a nossa vida, pois sem o funcionamento deste nada somos e repara-se que o cérebro continua a ser uma incógnita.