A genética

 
A genética é o campo da biologia que estuda a natureza química do material hereditário, isto é, o mecanismo de transferência das informações contidas nos genes, compartilhados de geração em geração, dos pais para os filhos.
 
   Em genética, uma característica de um ser vivo é chamada de traço ou fenótipo. Alguns fenótipos são parte da aparência física de um organismo; tais como a cor dos olhos de uma pessoa, altura ou peso. Outros não são facilmente vistos e incluem tipos sanguíneos ou resistência a doenças.  Alguns são herdados através dos nossos genes, pessoas altas e magras tendem a ter filhos altos e magros. Outros fenótipos vêm de interações entre os nossos genes e o meio, então uma criança pode herdar a tendência para ser alta, mas se ela for insuficientemente nutrida, ela será baixa. A maneira que os nossos genes e o meio interagem para produzir um fenótipo pode ser complicada. Por exemplo, as hipóteses de alguém morrer de cancro ou de uma doença do coração afiguram-se a depender de ambos, dos seus genes e do seu estilo de vida.
 
  Os Genes são feitos de uma longa molécula chamada DNA, o qual é copiado e herdado através das gerações. O DNA é feito de unidades simples que se alinham numa ordem particular dentro desta grande molécula. A ordem destas unidades carrega informação genética que se irá reflectir mais tarde. A linguagem usada pelo DNA é chamada de código genético, o qual permite aos organismos ler a informação nos genes. Esta informação são as instruções para construir e operar um organismo vivo.
 
  A informação dentro de um gene particular não é sempre exata entre um organismo e outro, então diferentes cópias de um gene não dão sempre as mesmas instruções. Cada forma única de um gene é chamada de alelo. Como por exemplo, um alelo para a cor do cabelo poderia instruir o corpo a produzir muito pigmento, produzindo cabelo preto, enquanto um alelo diferente poderia dar instruções ilegíveis que falham em produzir qualquer pigmento, formando cabelo branco. 
 
  Mutações são mudanças aleatórias nos genes, e podem criar novos alelos. As mutações também podem produzir novos fenótipos, tal como quando mutações a um alelo para cabelo preto produzem um novo alelo para cabelo branco. Estes novos fenótipos são importantes na evolução.
 
  A maior colaboração para a genética atual foi dada pelo monge Gregor Mendel, através das suas experiências com ervilhas e a proposição das suas leis (segregação independente), mesmo antes de se conhecer a estrutura da molécula de DNA.
 
   Também Darwin e Lamarck tiveram um papel muito importante na teoria da evolução das espécies. Sendo a teoria Neodarwinista a mais aceite actualmente.
 
  A descoberta deste campo da Biologia permitiu-nos descobrir a origem de várias doenças como apresento no link a seguir: https://super.abril.com.br/blogs/superlistas/7-doencas-geneticas-raras/  e também fazer novas descobertas. A Genética é muito utilizada atualmente para controlar o funcionamento irregular de estruturas cromossómicas, ainda no feto, bem como para prevenir e erradicar problemas que posteriormente poderiam tomar proporções irreversíveis, através das chamadas terapias génicas. É possível dispor das teorias genéticas para descobrir o funcionamento dos genes e como eles interagem entre si.
 
  Futuramente será uma prática comum traçar o mapa genético de todos, revelando assim as predisposições do organismo para algumas efemeridades, o que permitirá eliminar doenças ainda na sua fase embrionária. Pesquisas sobre o genoma do ser humano possibilitarão a eliminação de doenças como a leucemia, o albinismo, a doença de Alzheimer, entre outros...
 
   Uma importante criação a partir da genética foi a clonagem.
 
   Podemos definir a clonagem como um método científico artificial de reprodução que utiliza células somáticas (aquelas que formam  órgãos, pele e ossos ) no lugar do óvulo e do espermatozóide. Vale lembrar que é um método artificial, pois, como sabemos, na natureza, os seres vivos se reproduzem através de células sexuais e não por células somáticas. As exceções deste tipo de reprodução são os vírus, as bactérias e diversos seres unicelulares.
 
    A primeira experiência com clonagem de animais ocorreu no ano de 1996, na Escócia, no Instituto de Embriologia Roslin. O embriologista responsável foi o doutor Ian Wilmut. Ele conseguiu clonar uma ovelha, batizada de Dolly. Após esta experiência, vários animais foram clonados, como por exemplo, bois, cavalos, ratos e porcos.
 
   Embora as técnicas de clonagem tenham avançado nos últimos anos, a clonagem de seres humanos ainda está muito longe de acontecer. Além de alguns limites científicos, a questão ética e religiosa tem se tornado um anteparo para estas pesquisas com seres humanos. De um lado, as religiões, principalmente cristãs, colocam-se radicalmente contra qualquer experiência neste sentido. Por outro lado, governos de vários países proíbem por considerar um desrespeito a ética do ser humano.
 
A clonagem ainda não foi entendida por completo pelos médicos e cientistas, no que se refere aos conhecimentos teóricos. Na teoria seria impossível fazer células somáticas atuarem como sexuais, pois nas somáticas quase todos os genes estão desligados. Mas, a ovelha Dolly, foi gerada de células somáticas mamárias retiradas de um animal adulto. A parte nuclear das células, onde encontramos genes,  foram armazenadas. Na fase seguinte, os núcleos das células somáticas foram introduzidos dentro dos óvulos de uma outra ovelha, de onde haviam sido retirados os núcleos. Desta forma, formaram-se células artificiais. Através de um choque elétrico, as células foram estimuladas, após um estado em que ficaram "dormindo".  Os genes passaram a agir novamente e formaram novos embriões, que introduzidos no útero de uma ovelha acabou por gerar a ovelha Dolly.
 
    A ovelha Dolly morreu alguns anos depois da experiência e apresentou características de envelhecimento precoce. O telómero (parte do cromossoma responsável pela divisão celular) pode ter sido a causa do envelhecimento precoce do animal. Por isso, o telómero tem sido alvo de pesquisas no mundo científico. Os dados estão sendo até hoje analisados, com o objetivo de se identificar os problemas ocorridos no processo de clonagem.
A embriologia e a engenharia genética tem feito pesquisas também com células-tronco e na produção de órgãos animais através de métodos parecidos com a clonagem.
 
     Os vários tipos de clonagem são a clonagem natural, a clonagem induzida, a clonagem reprodutiva e a clonagem terapêutica.
 
 
 
    Já conhecia estes conceitos acerca de genética pois foram estudados no ensino básico e aprofundados na disciplina de Biologia o ano passado.
 
     Sendo que houve alguns temas dentro da área da genética que me fascinaram mais, e saliento o tópico da clonagem mais propriamente o uso de células estaminais a fim medicinal, que é um tópico que levanta inúmeras questões éticas e morais. Mas para além disso, é um tópico que poderá ajudar inúmeras vidas e melhorar A QUALIDADE DE VIDA da população do planeta. Com este tema aprendi noções básicas de genética e permitiu-me aprofundar os principais conceitos relacionados com a genética.
 
 
    Voltando ao tema que me despertou mais interesse. Para se compreender da melhor forma possível o uso das células estaminais para fins medicinais, terei de recuar 50 anos, onde J.Steward, que trabalhou com cenouras, obteve plantas completas a partir de células diferenciadas, que inclui um conjunto de procedimentos e técnicas através das quais se irá obter um clone. No caso das cenouras, as células indiferenciadas que se obtém por divisão a partir das células iniciais, ao serem removidas do seu local original e em condições apropriadas, podem originar um grande número de organismos iguais entre si e ao seu único progenitor inicial Mais tarde, Robert Briggs, transplantou núcleos de células especializadas de um girino em óvulos cujo núcleo tinha sido destruído, conseguindo obter girinos. A partir destes resultados, verificou-se que em determinadas situações as células diferenciadas podem perder a sua especialização, transformando-se em células indiferenciadas. Estas células readquirem a capacidade de originar um individuo completo e dizem-se totipotentes, uma vez que conservam todas as potencialidades genéticas do núcleo inicial. Podemos, assim, concluir que as células diferenciadas conservam todo o seu ADN, embora apenas uma parte do seu ADN esteja activo. Actualmente, uma área da investigação de grande interesse procura, a partir de células totipotentes, obter, não indivíduos completos, mas sim tecidos e órgãos específicos. Nestas manipulações obtêm-se tecidos que podem ser usados no tratamento de doenças, como, por exemplo, a diabetes e a doença de Parkinson. Uma forma de se obter células totipotentes dos embriões, designadas células estaminais embrionárias, é separando-as e submete-las a um tratamento que permite o desenvolvimento dos tecidos pretendidos.
 
 
 
     Como referi anteriormente, esta área da investigação pode melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas, apenas existindo algumas desvantagens, como por exemplo a mal formação do tecido ou a sua rejeição pelas células da pessoa. A investigação sobre as células estaminais embrionárias despertou um debate na comunidade científica internacional sobre a legalidade ética de matar embriões humanos para fins experimentais. Por um lado, alguns cientistas justificam a morte dos embriões. Alegando que servirá para curar doenças, como a diabetes e a doença de Parkinson.
 
 
 
      Neste momento, existe uma empresa em Portugal que faz esse tipo de investigação e o seu nome é Crioestaminal, e poderão visitar o site em https://www.crioestaminal.pt/.
 
      Aconselho ainda a ver o seguinte documentário, onde certamente aprenderá muito sobre a genética: https://www.youtube.com/watch?v=uQkBPMw-sh8 .
 
Referências bibliográficas: wikipédia.com/genética ; ciênciaebiologia.com/clonagem; manual de psicologia.